terça-feira, 28 de junho de 2011

Restrito.



    Eu sinto falta. Eu sinto falta de um toque. Eu sinto falta de um toque organizado. O equilíbrio que vem de fora rompe o meu desejo. Eu queria ter a decência de uma criança perdida na floresta. Chega de punições, de moralismo, de bloqueios! O meu espaço vem sendo roubado por pessoas de outro mundo. Eu não sou vitorioso – nem muito menos perdedor... mas eu preciso de um toque; de suas mãos no meu corpo; de um carinho exacerbado. Não precisa ser suave, basta me proporcionar forças libidinosas, me levar ao gozo, à loucura. Eu sinto falta de um toque que estabeleça poder sobre mim. Não quero um tempo que diga que estou atrasado. Não quero imperfeições. Liberdade, igualdade, sanidade e verdade! A verdade em querer ser... a verdade em poder-vir-a-ser... humano? Portanto, querido SUPEREGO, deixe-me transparecer! Tudo que é SUPER não serve, a meu ver... Chega de tentar fazer fingir o que jamais devo ser! Associando, ignorando e indagando sobre este discurso, eu quero deixar-me fora, ao acaso, eu quero ser... qualquer coisa... (menos um objeto raso).

terça-feira, 14 de junho de 2011

Death Clock.


Às vezes, é muito bom ficar (e estar) só. Pensamentos, memórias e (des) atenções vêm como peso numa trajetória descontínua. Este curto espaço que percorremos desde a trompa materna até onde estamos é complexo – apesar de curto. Enquanto ficamos nos preocupando com sensibilizações, angústias e revoltas, tudo passa ao nosso redor e, num piscar de olhos, não poderemos voltar atrás. Precisamos de um “Bom dia!”, de um “Está tudo bem?”, de um “Olá, amigo!”. Ora, somos humanos, somos frágeis, somos seres sendo e demonstrando posições e escolhas de modos de ser diferentes. Falar ‘amor’, ‘adeus’ ou ‘nunca’, não é o mais importante, não tem o menor sentido.
As bolhas estouram. O sol nasce e se põe. A chuva cessa. O vento passa... TUDO tem seu tempo, seu determinado TEMPO. E o que acontece quando tentamos fugir deste tempo? Corrompemos com um padrão pré-estabelecido, e isso é bom... muito bom! Pois é. Estamos aí. Tudo se complicará. Sonhos serão realizados (e outros serão eternos sonhos). O que é FATO é que não estaremos mais aqui para representar coisas – a finitude não nos permite tal finalidade, mas com certeza mostra o modo sendo na mais bela máscara: o eu já fui.




#adoro-tudoisso.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

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"Querendo a vida é bem mais fácil... é tão melhor viver em paz!"

sábado, 4 de junho de 2011

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Os seres vivos têm uma escala – de acordo com a Biologia – a seguirem. Sim. Eu aprendi a ser humano. Eu nasci, cresci, atingi à maturidade, reproduzi (somente aquilo do que tive experiência, e mais nada), e estou rumo à morte. Tenho o meu tempo. Todo o meu tempo... Mas uma coisa que falta nesta escala, pelo menos na dos seres humanos, é a decepção. As pessoas tendem a esperar muito das outras (talvez como uma forma de torná-las apoios para si).
Em meio a frustrações, angústias e baixa autoestima, me deparo dia a dia com o sofrimento, seja ele do outro ou os meus próprios. E perante tantos sentimentos, uma coisa é certa: Não devemos esperar muito dos outros. Os outros, contudo, são humanos e falham – assim como aquele relógio de parede de 4 anos atrás.
Não espere muito de mim.
Eu posso ser apenas humano?