quinta-feira, 28 de julho de 2011

Mantras, desejos e figas.

    Surpresa! Eu não esperava reações, resistências... Mas percebi que o que passou talvez tenha servido. Servido? Não sei ao certo. O certo que talvez, com todo o corre corre, realmente ficou para trás. Mas eu tenho medo de me acostumar, agregar ou desconsertar qualquer coisa que se chame de sentimento. Porque se sinto, eu sinto – e sentir talvez seja surpresa (pelo menos para mim, neste momento). E é assim: desajeitado, desconsertado, sem resistência e com reações que vou me acostumando... Acordo, vejo e relembro de cada gesto desajeitado. Isto faz refletir sorrateiramente – assim como fui sendo perdido e achado ao mesmo tempo. E é nesta contradição que vou percebendo... Porque eu acho estranho o paradoxo – mas o que é estranho me convém. Surpresa! Eu reagi e resisti. E serviu, e ficou para trás – assim como fui me acostumando com cada gesto, sentindo (mesmo que desajeitado) e consertando o desconserto (porque ao certo, nada existe como CERTO, e sim como o que posso considerar certo ou não no MEU MUNDO). E é por tantas e tantas coisas que vivo assim: aprendendo com o passado, mas tendo medo de revivê-lo num momento qualquer...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Eu, mim e mim mesmo.

    Por mais que eu tentasse desacreditar num futuro quase remoto, me peguei pensando e tentando incentivar a mim mesmo. Parece absurdo, mas quando tento superar o que antes era apenas um ato desagradável, tudo vem à tona: cada gesto, cada toque, cada olhar. Tudo parece tão perfeito – que muitas vezes penso nem valer a pena. Não gosto de rituais, aliás, eles me deixam encabulados. Todas estas coisas formais me deixam sem ação. Eu não gostaria de ter que me rever a cada momento vivido, mas parece que é assim mesmo: tudo tem que ser passado para dar continuidade ao que pode vir-a-ser. E neste meio tempo, o que tenho a me perguntar é simples: Se mim não conjuga verbo, pode “mim” tentar ser alguém?


E por mais que eu tente não me segurar,
o vento vem,
quebra o meu guarda-chuva
e vai embora...
me deixando ao relento...

domingo, 3 de julho de 2011

Meu cinto.




E quando esclarecido, não interessa o que pode acontecer depois. Depois? Isto é um jogo da trajetória? O que devo aqui informar é como tudo se esclarece com a não-palavra-dita – e como o silêncio é o maior dos sábios. Se, pobre de mim, vim com sentimentos, não tenho medo de senti-los. O que tenho mais medo é de não poder ESCLARECER. E este é meu maior medo: não ser objetivo no que sinto. Entre o “sinto” e o “cinto” apenas uma letra muda, e esta faz toda a diferença. Enquanto o “cinto” me aperta, o “sinto” me deixa ser quem sou...
Algumas pessoas me dizem que perderam o real sentido do amor. E eu, não sei realmente, se é amor o que sinto. Ninguém nunca conseguiu definir o amor de uma forma objetiva. E eu preciso disto. Ou será que eu preciso apenas senti-lo de uma maneira outra? Sendo assim, não importa se deixo o “cinto” me corromper. E se o amor fugiu, ou de outra forma, tiraram-no como quem não queriam nada, “Aqui jaz aquele que não soube... ou melhor, aquele que ousou saber...”