sábado, 21 de julho de 2012

~ Pele.


Hoje eu não quero tomar um banho de chuva, nem banho frio, mas rajadas de vento. Hoje eu quero contato comigo, com o mundo, com os outros, e até com os átomos que estão lá fora. Hoje eu não quero solidão, nem escutar música triste. Quero alegria, quero cumplicidade, quero carinho e abraços. Porque, parafraseando Mário Rodrigues, hoje "deu-me uma vontade imensa de pular sobre as pedras e ser quebrado pelas ondas que aumentavam em violência e barulho com a chegada da noite, virar sargaço e musgo".

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

[...]

Arriscado.
                De risco.
                              Risco.
                                        Arriscar.
                                                     A riscar.

                                                                                                       Arriscará?


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Pausa.


Que a Liberdade de Expressão seja garantida a todo e qualquer ser humano.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Paradoxo.



Por vezes, tento sair do escuro e alcançar a claridade. Na maioria das vezes, tento ser perfeito, ao mesmo tempo em que esta tentativa me impossibilita de alcançá-la. Durante uma tarefa, tendo a querer chegar até o fim, mas ao decorrer desta, regrido e desisto - de maneira cruel, insensata e medíocre. Se é para estar a fugir, é melhor olhar-me no espelho, ver se há espaço por entre a moldura, e encarar (sem desculpa) o grande vazio da minha face. De uma coisa eu sei: é inevitável tentar não sobressair-se - mesmo que seja por uma causa ridícula e que repercuta sofrimento. Mas, de qualquer maneira, o que há de melhor está perdido. E eu preciso encontrar rapidamente. 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Asas, Balões, Dirigíveis e Aviões.





    Certa vez, uma pessoa me disse que me amava pelo fato de eu quebrar com rituais para execução de ações. Aos poucos eu fui percebendo que rituais são quase que fictícios – porém monótonos. De acordo com toda minha sinceridade (muitas vezes tão bizarra), indaguei sobre a necessidade de seguir padrões. E não, não gostei disto. E por mais que dissessem “É cedo!” percebi que nada poderia definir estados (ou estágios) de uma evolução quase que imutável. Eu mudei, não sou o mesmo – nem o serei amanhã. Mas o simples fato de saber que amanhã não o serei, acabo contornando esta história. Tudo mudará. A data de hoje passará a ser importante e começarei a gostar mais do meu nome... Não, isto não é um ERRO, mas poderá ser um EROS – mais tarde, quem sabe...

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Mantras, desejos e figas.

    Surpresa! Eu não esperava reações, resistências... Mas percebi que o que passou talvez tenha servido. Servido? Não sei ao certo. O certo que talvez, com todo o corre corre, realmente ficou para trás. Mas eu tenho medo de me acostumar, agregar ou desconsertar qualquer coisa que se chame de sentimento. Porque se sinto, eu sinto – e sentir talvez seja surpresa (pelo menos para mim, neste momento). E é assim: desajeitado, desconsertado, sem resistência e com reações que vou me acostumando... Acordo, vejo e relembro de cada gesto desajeitado. Isto faz refletir sorrateiramente – assim como fui sendo perdido e achado ao mesmo tempo. E é nesta contradição que vou percebendo... Porque eu acho estranho o paradoxo – mas o que é estranho me convém. Surpresa! Eu reagi e resisti. E serviu, e ficou para trás – assim como fui me acostumando com cada gesto, sentindo (mesmo que desajeitado) e consertando o desconserto (porque ao certo, nada existe como CERTO, e sim como o que posso considerar certo ou não no MEU MUNDO). E é por tantas e tantas coisas que vivo assim: aprendendo com o passado, mas tendo medo de revivê-lo num momento qualquer...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Eu, mim e mim mesmo.

    Por mais que eu tentasse desacreditar num futuro quase remoto, me peguei pensando e tentando incentivar a mim mesmo. Parece absurdo, mas quando tento superar o que antes era apenas um ato desagradável, tudo vem à tona: cada gesto, cada toque, cada olhar. Tudo parece tão perfeito – que muitas vezes penso nem valer a pena. Não gosto de rituais, aliás, eles me deixam encabulados. Todas estas coisas formais me deixam sem ação. Eu não gostaria de ter que me rever a cada momento vivido, mas parece que é assim mesmo: tudo tem que ser passado para dar continuidade ao que pode vir-a-ser. E neste meio tempo, o que tenho a me perguntar é simples: Se mim não conjuga verbo, pode “mim” tentar ser alguém?


E por mais que eu tente não me segurar,
o vento vem,
quebra o meu guarda-chuva
e vai embora...
me deixando ao relento...